Enéas Ferreira Carneiro
Enéas Ferreira Carneiro foi um médico cardiologista, físico, matemático, professor, escritor e político brasileiro.
Como político, fundou o extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona.
Nascimento: 5 de novembro de 1938, Rio Branco, Acre
Falecimento: 6 de maio de 2007, Rio de Janeiro, RJ
Nome completo: Enéas Ferreira Carneiro
Cônjuge: Adriana Lorandi (de 1982 a 2000)
Formação: Universidade Federal do Rio de Janeiro
(1973–1975)
Ligia Lorandi Ferreira Carneiro,
Ficou conhecido com o bordão “Meu nome é Enéas”
Ficou órfão de pai com nove anos de idade.
Com 19 anos mudou-se com a mãe para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola de Saúde do Exército e na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, atual UNIRIO, tendo sido aprovado em primeiro lugar nos dois vestibulares.
Em 1959 graduou-se como Terceiro Sargento Auxiliar de Anestesia. Passou a trabalhar no Hospital Central do Exército. Em 1962 ingressou no curso de Matemática e Física da Faculdade de Filosofia Ciência e Letras do Estado da Guanabara, atual UERJ.
Em 1965 formou-se em Medicina com especialização em Cardiologia.
Neste mesmo ano deixou o Exército após 8 anos de serviço, onde recebeu a Medalha Marechal Hermes, tendo realizado mais de 5 mil anestesias.
Em 1968 licenciou-se em Matemática e Física. Nesse mesmo ano passou a lecionar Matemática e Física, preparando os alunos para o vestibular. Fundou um curso pré-universitário, onde lecionou Física, Química, Biologia e Português. No ano seguinte, fez o curso de especialização em Cardiologia na Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, onde foi integrado como assistente.
Entre 1973 e 1975 fez o mestrado em cardiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ainda em 1975 apresentou a primeira versão do curso “O Eletrocardiograma”, que foi ministrado no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Quito no Equador.
Em 1989 Enéas ingressou na política. Criou o Partido da Ordem Nacional (PRONA), lançando sua candidatura à presidência da República. Como não tinha representação no Congresso Nacional, dispunha apenas de duas exposições diárias de 15 segundos no horário eleitoral. Seus discursos baseados na lei e na ordem eram sempre encerrados com a frase
“Meu nome é Enéas”.
Até então desconhecido terminou o pleito em 12º lugar entre 21 candidatos.
Em 1994 lançou mais uma vez seu nome à presidência terminando em terceiro lugar, apenas atrás de Fernando Henrique e Luiz Inácio.
Em 1998 se candidatou pela terceira vez à presidência.
Durante a campanha defendeu a reestatização das empresas privatizadas por Fernando Henrique e a produção da bomba atômica. Ficou em 4º lugar no pleito que reelegeu Fernando Henrique.
Em 2000 se candidatou à prefeitura de São Paulo, mas não foi eleito.
Em 2002, Enéas elegeu-se deputado federal por São Paulo com 1,7 milhões de votos, um recorde. Seu partido obteve votos suficientes para através do sistema proporcional eleger mais cinco deputados federais, todos fundadores do PRONA, mesmo com uma votação inexpressiva.
No início de 2006, Enéas passou a enfrentar sérios problemas de saúde. Primeiro uma pneumonia e depois uma leucemia aguda.
O tratamento lhe tirou a enorme barba.
Concorreu à reeleição na Câmara dos Deputados com um novo bordão:
“Com barba ou sem barba, meu nome é Enéas”.
O político foi reeleito com 387 mil votos.
Enéas faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio de 2007.
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